segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Menino de Rua

Menino de Rua

Menino de rua, de olhar perdido.
Seu olhar sem brilho enxerga o infinito.
Vive pelas praças com fome e com sede,
Só come do lixo e bebe nas torneiras,
mesmo assim tem sonhos de um dia vencer.

Não tem pai nem mãe e dos irmãos esqueceu,
mas tem familia que o mundo lhe deu.
São os transeuntes que por ele passam,
todos são seus tios, avós, mães e pais.
Palavras somente mas sem sentimentos.

Quisera eu poder ser mãe,
te carregar ao colo, te dar cafuné
servi-lhe café o almoço e o jantar.
Levá-lo a escola, comprar-lhe brinquedos,
contar-lhe segredos, e te fazer das risadas.

Menino de rua, você não é mal,
Tão somente és vitima em potencial.
precisa lutar pelo pão que te falta.
Precisa brigar por um papelão
que espalhas no chão para descansar.

Cada dia que passa é um desafio.
A vida se vai e a criança também,
e em seu lugar nasce um "monstro" sem dó,
que mata por nada, assalta e te bate.
É cria do mundo, que se pode esperar?!
Não conhece amor, carinho e nem paz,
Talvez de Jesus nunca ouvira falar.

Poema de: José Lopes http://contoserimas.blogspot.com

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